terça-feira, 28 de julho de 2009

Tchaikovsky

Piotr Ilitch Tchaikovsky, nascido em 1840, um compositor do periodo Romântico, bem, não um compositor, o compositor do periodo romântico, falo isso porque, ao meu ver, Tchaikovsky foi um dos maiores compositores da história, superando, de um certo modo é claro, compositores como Bach, Brahms e Mozart.

Bem, analisando as características dele, posso dizer com uma certa certeza que suas músicsa, sem exceção, tem um grande toque de melancolia, e sempre aquele toque de dificuldade, que ao meu ver, expressava também raiva.

Mas o que o levou a estas características, que as vezes fogem de muitas características românticas?
Analisemos a vida dele, nascido na Rússia, um país com uma sociedade altamente preconceituosa e conservadora (pelo menos naquela época), Tchaikovsky viveu sua vida toda se rejeitando e temendo ser rejeitado pela sociedade, pelo fato de ser gay. Bem, não preciso dizer o porquê né? Vivendo na Rússia, caso soubessem dele, poderia até ser morto, então, diante dessa repressão, Tchaikovsky passava tudo o que sentia através da música, toda sua raiva contrapondo, ou até mesmo sobrepondo, com sua melancolia. Até nas músicas mais felizes dele, consegue-se perceber seu grande toque melancólico, como por exemplo, na Valsa das Flores, que, com certeza é uma das mais famosas valsas atualmente, você percebe que aquela música não é feliz, ela mascara toda sua melancolia a partir de um tema aparentemente feliz.

E ai está o motivo d'ele ser meu compositor preferido, a sua capacidade de passar sentimentos para o ouvinte é magnífica, talvez até sobre-humana. Isso me deixa completamente fascinado. Em um de seus (dificílimos) concertos, ressalto o Concerto em Ré Maior para Violino e Orquestra, nesse concerto, em minha singela opinião é claro, Tchaikovsky consegue atingir o ápice do contraste entre sua melancolia e sua raiva. No primeiro movimento percebemos claramente sua melancolia e sua raiva, que não aparece tão forte, jã no terceiro movimento, conseguimos perceber claramente sua melancolia, na parte em que o violino faz um jogo de perguntas e respostas com o oboé e também sua imensa raiva nos minutos 4:54, essa forma músical, do violino respondendo a orquestra, aparecerá no terceiro movimento umas duas ou três vezes, até o magnifico final, bem estilo Tchaikovsky, seco e impactante, que vem depois de uma grande mostra de virtousismo, característica comum do período que foi amplamente explorada por Tchaikovsky, tão explorada que seu Concerto para Piano em Si menor, (sim, o mais famoso) foi muito críticado por em sua época nenhum pianista ter conseguido tocá-lo, sendo reproduzido somente após sua morte.

Sua criatividade também surpreende, em sua famosa obra Abertura de 1812, Tchaikovsky comemora o fracasso da invasão francesa à Russia, a música começa com uma espécie de antagonismo entre a inicial vitória francesa e depois a revanche russa. A França é representada pelo tema da música La Marseillaise
, mais conhecida como hino da França.

Sua criatividade não para por aí, no final da música, em cima do Hino da França, Tchaikovsky coloca uma série de tiros de canhôes, que causam um grande impacto ao ouvinte, quando executados verdadeiramente é claro, pois foram raras as execuções com canhões, devido à necessidade de ser ao ar livre. Mas a música é muito mais que sons e vibrações; a música está dentro de nossas cabeças, então a idéia realmente é a que vale. Poderia ficar dias, ou até meses escrevendo o que passa em minha mente sobre Tchaikovsky, mas eu quero que vocês leiam, então tentei compactar tudo em poucas linhas. Fica ai um breve resumo de tudo o que está em minha mente, como um post mais demonstrativo, não abre muita margem à opinião alheia, mas sintam-se à vontade para contestar, criticar ou seja la o que der na telha de vocês, o meu texto, de forma produtiva ou não.


Atenciosamente,

Lucas Ribeiro






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Bem vindos, leitores e leitoras. Estarei [re]iniciando meu Blog, Dominante Secundária, no qual pretendo escrever artigos sobre, principalmente Música, mas aviso-lhes que colocarei também diversos outros assuntos. Quero fazer um blog que imite minha filosofia de vida, um blog sem regras, sem fronteiras. Um blog democrático onde eu não me limitarei em minha própria opinião, abrangerei os mais diversos pontos de vista e, dentro dessa salada de opiniões, tentarei fazer vocês leitores pararem para pensar, mas não apenas pensar. Pensar e refletir, contestar e discutir. Lemrbando, esse blog não é só meu, esse blog será de todos, todos que opinarem todos que vivenciarem os posts. Quero que esse blog seja a tradução do que melhor pode se chamar de anarquia. Para que isso ocorra, o conteúdo principal desse blog não são apenas os posts principais, os comentários serão indispensáveis para efetivamente concluir a matéria. Aqui a liberdade será colocada em prática: "Entra quem quer, fica quem quer, fala quem quer e o que quiser."

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Atenciosamente,

Lucas Ribeiro